Silêncio profundo
terça-feira, abril 17, 2018
Coisas estanhadas, empoeiradas
A tinta que molha o papel
A tinta que descreve o sentimento cruel
A gota que despeja em meu oceano profundo e perturbado
As memórias que me atacam em um lapso de segundo afastado, atrasado
As dores que retornam, entortam
O pensamento relapso que me afaga
Suas mãos frias que me afogam, afrontam
Minha dor que se torna sua dor
Desfazendo as memórias cheias de cor
Repletas de desamor
Armadas, afastadas
Visto o passado, enfeitado
Estagnado, empoeirado
Me desfaço e refaço
Revisto e revisito meus medos
Me entrego ao vento, sereno
Que em estrelas infinitas,
Desencadeiam em mim um fim
Presa em minha única essência
Presa em minhas infinitas essências
Mutantes mudanças
Mortas
Um fim escrevo para a última história
Que com sangue, desenham a última memória.
- Ana Elisa Renault.
0 comentários
Olá! Deixe seu comentário abaixo: