Nudez

segunda-feira, janeiro 01, 2018



Eu tenho uma alma triste e nua
Não guiada, sem rumo
Meu nome é um anagrama único, onde escondo meus medos

Estou deslocada e presa em minha própria essência
Cansada de seguir um fluxo frio e sem rumo, em resistência
Cansada de ser refém
De mim mesma

Sou refém
Refém das regras deles
Sou minha única e própria inimiga
Sempre estive morta por dentro
Minha alma já deixei faz tempo
Quando me tornei uma moderna escrava
Quando o coração se fez deserto
Quando o pensamento petrificou, putrificou
Quando me rendi e vendi minha alma
Calma, volta
A morte, não retorna.

- Ana Elisa Renault. 


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