Atino Desequilíbrio Andino/ [Des]atino [In]constante
quinta-feira, junho 22, 2017
Tento encontrar meu possível equilíbrio
A cada passo que percorro
De meus impetuosos e falíveis gritos
Encontro o desequilíbrio, atino
Ao passo de meu desatino, Andino
A mão afaga o peito dolorido
Que ainda confuso
Se entrega aos (des)prazeres noturnos
As lágrimas escorrem pelo corpo
Dessa carne morta e falida
Que carrego no dorso de meu cansado olhar
O peito rasga-se, enche-se de ar, e ao suspirar
Me derramo em completo desânimo
Me encontro em meu próprio desencontro
Me encontro e desencontro em minha própria confusão
Alusão, perda de razão , coração de emoção
Escuto os choros e gritos obscuros
De escravos modernos que gritam e sonham com a liberdade
Se enchem de maldade química
Em busca da alma límpida e vívida
Ao desatinar da noite
Surge-me no horizonte uma nova forma de açoite
A falta de sentindo, em haver-se um novo dia
A forma de açoite ainda presente
Que consome a minha - as nossas mentes
Destoando os gritos restantes
Atinjo o nível máximo de meu egocentrismo
Me entrego ao meu único destino
Me deito em meu desencontro
De meus afagados desejos e sonhos
E à minha eterna insônia, me entrego sem parcimônia
Deito-me e entrego-me em minha estrada desequilibrada
Estrada morta e quebrada
Estrada incompleta e sem destino, açoite real e infinito
Sua jornada, é apenas estrada
Estrada que constantemente se fecha
Em sua própria inconstância eterna
E em meio às desconfusões confusas
Deito-me novamente, e me fazendo inerente
Me afogo em minha carne morta de mente abstinente e permanente
E em meu desatino atino inconstante
Despejo-me em palavras (não) constantes
E ao pulsar de meus afagos restantes
Me deito e me deixo eternamente constante e distante, em minha existência desconsoante.
- Escrito por Ana Elisa Renault.
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